DESERÇÃO EM POSTAL POEMA - Josue Ramiro Ramalho |
Estava a chuva a cair latente na manhã primeira do nosso inverno, e eu a ti procurar.
Resvalava sobre os pingos hipócritas nas desertas pradarias do que restou, sempre a ti procurar.
O inverno passou, a chuva parou, e eu a ti procurar.
Vivi toda uma primavera sem rumo, sem vida, tão só, pois estava a ti procurar
Quando o verão chegou, senti meu mundo inteiro desabar pois, o meu entardecer morreu.
Mas eu continuei a ti procurar.
Agora, a natureza do nosso outono, com a deserção de tu'alma, parece querer morrer, pois morrendo estou cada vez mais, vendo minh'alma tão enfraquecida e quase sem esperança de poder ti encontrar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário