sexta-feira, 7 de novembro de 2014

D E S E N C A N T O

Em mim decantou um anjo sem roupagem
Percebi que o céu se anuviou
Escapei dos sonhos e outras viagens
Nunca fui herói, agora o que sou?

Tudo que eu guarnecia se extinguiu
Deixei de ser ator e único varão
Em minhas primaveras, outonos virão
Invernos foram verões e isso ninguém viu

Sofri desencanto no caminho de cada flor
Em cada aurora nunca tive um amor
Dias quase ingratos me deixaram assim

No templo onde fiquei escamoteado
Paguei com juros todo meu pecado
Dividindo os frutos por cada um de mim.

Josue Ramiro Ramalho

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem em destaque

Os novos mundos da poesia Intergaláctica