domingo, 25 de maio de 2014

LEMBRANÇAS DA INFANCIA DE UM NORDESTINO

Em terras de Nordestinos
Onde vivi desde menino
Sonhando, eu sonhava e sonhei
Sim, eram sonhos de infancia
Mas hoje ainda trago lembranças
De tudo que ali passei

Nunca vi a terra encharcada
Nem folhas nas plantas molhadas
Nem bichos gordos crescendo
Era aquela seca danada
Minha gente tão maltratada
E muitos bichos morrendo

Vi caçadores voltando tristes
Mães de familias com o corpo em riste
Sempre achando que Deus proverá
Lá nas Matas nada mais se encontrava
Como alimentar a criançada
Crescendo sem poder parar?

Pescadores por lá não existiam
Porque a água nunca o rio enchia
Quando as chuva do céu pouco alegrava
Parecia que o criador aquele povo esqueceu
Pois tanta angústia nos deu
Nessa labuta que não tem palavras

Doi mesmo rever tão tristes momentos
Sabendo que o pensamento
Sempre me levará ao sertão
Pois lá, tudo ainda é igual
Enquanto aqui se pensa feito animal
Esquecendo que todos somos irmãos.

Josue Ramiro Ramalho

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